Hoje vi uma matéria no Site , que me fez parar e pensar um
pouco na realidade do mundo em que vivemos. Um mundo a meu ver um tanto de
pernas pro ar, onde nos importamos com se homossexuais devem ou não se casar,
onde religiões geram guerras sem fim, e preconceitos insólitos, um mundo onde
não ligamos para atrocidades como a fome, a miséria e a mutilação de meninas.
A matéria a que me refiro, relata um pouco sobre a vida de
Khadija Gbla, nascida em Serra Leoa, que quando tinha 9 anos, foi levada para a
Gambia para ser mutilada, por uma senhora com uma faca enferrujada, ela ainda se lembra da dor e do horror daquele
ato. Cresceu a sombra de um trauma físico e psicológico, mas isso a transformou
numa ativista contra essa barbárie e hoje ela é cidadã Australiana e diretora
da ong: NO FGM-Australia (FGM é a sigla
em inglês para mutilação genital feminina).
Mas o que mais me chamou atenção na matéria, era a sua
felicidade em se tornar mãe, sim, ela deu a luz a pouco tempo a um garotinho,
mesmo ela achando que seria impossível, ela concebeu esta vida, mesmo depois do
trauma e da dor, ela se mostrou forte.
Como podemos permitir histórias de mutilações em meninas em
meados do século XXI? E simplesmente fingimos não ver? Como tratamos a Africa
com tamanho descaso? Parece que tudo que ocorre lá não importa ao resto do
mundo, exceto se entrar no resto do mundo. O ebola foi um exemplo, quem se
importou enquanto era só lá? Mas quando entrou na Europa ou EUA, ah aí sim o
mundo se mexeu.
Nos esquecemos que ali são seres humanos, o sofrimento, a
miséria, a guerra ai são cotidianas, são crianças mutiladas com facas cegas,
enferrujadas, muitas morrendo em decorrência disso, e ninguém liga, só querem
explorar cada vez mais o continente, que tanto já cedeu aos demais, quando
vamos de fato cuidar do mundo? E parar de mesquinharia
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